segunda-feira, 13 de junho de 2011

De olho na II Conferência Nacional de Juventude

III EJNP - Arte: G.C.R.

“Já podaram seus momentos, desviaram seu destino [...] Mas renova-se a esperança, nova aurora, cada dia. E há que se cuidar do broto pra que a vida nos dê flor e fruto”.

Milton Nascimento

Com o tema Juventude, desenvolvimento e efetivação de direitos, e com o lema Conquistar direitos, desenvolver o Brasil, a II Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude (II CNJ) foi lançada oficialmente no passado dia 07 de junho e está prevista para acontecer de 09 a 12 de dezembro de 2011 em Brasília.

As atividades precedentes e o evento em si revestem-se de vital importância para o presente e o futuro das juventudes do Brasil, pois com a realização da II CNJ se pretende avançar no efetivo reconhecimento dos direitos das juventudes; na garantia de participação ativa destas no processo de discussão e elaboração de políticas públicas; na consolidação, articulação e integração das mesmas; e, consequentemente, no aproveitamento das potencialidades juvenis para o desenvolvimento do país.

O caminho rumo à plena cidadania juvenil já está sendo trilhado há tempos. A I CNJ, realizada em abril de 2008 e na qual houve grande envolvimento das bases de movimentos, grupos e organizações juvenis de todo o país, representou um marco histórico em todo esse processo e veio reforçar algumas bandeiras de luta erguidas havia tempo: o reconhecimento constitucional da juventude [1] (PEC 138/03), a aprovação do Estatuto da Juventude e a atualização do Plano Nacional da Juventude.

É necessário continuar com o pé no acelerador para que o carro dos direitos dos jovens continue sua marcha e chegue à meta desejada. Para isso, as ações mais oportunas a serem realizadas a partir de agora devem concentrar-se na busca de informações e de espaços que promovam a participação qualificada e bem representativa das diversas juventudes nas conferências livres, municipais e estaduais, conforme as indicações do próprio Regimento Interno da Conferência.

Além disso, é preciso estar atentos e unir-se aos movimentos nacionais que articulam a luta pela aprovação, em tempo oportuno, do Estatuto da Juventude e do novo Plano Nacional de Juventude.

Tomara que no final deste ano, em que celebramos por segunda ocasião o Ano Internacional da Juventude [2], possamos gritar e cantar com os jovens que acompanhamos: “Nossos direitos vem, nossos direitos vem! E se vem nossos direitos o Brasil ganha também!”.

Gustavo Covarrubias

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REFERÊNCIAS

CONSELHO Nacional de Juventude. Conheça o regimento da 2ª Conferência Nacional de Juventude. Disponível em: <http://www.juventude.gov.br/acontece/conheca-o-regimento-da-2%C2%AA-conferencia-nacional-de-juventude/>. Acesso em: 11 jun. 2011.



[1] A PEC (Proposta de Emenda Constitucional), aprovada no ano passado, assegura ao jovem entre 15 e 29 anos prioridade em direitos como saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização e cultura. Trata-se de direitos constitucionais já garantidos a crianças, adolescentes e idosos.
[2] Promulgado pela ONU em 18 de dezembro de 2011, o Ano Internacional da Juventude 2010-2011 tem como tema “Diálogo e entendimento mútuo” e como lema “O nosso ano, a nossa voz”.

3 comentários:

  1. Olá Gustavo,

    Ótimo informe e ótima reflexão....

    Infelizmente defesa de direitos de jovens especificamente, ainda é algo muito prematuro para nós. Apesar da importância política de termos uma Secretaria Nacional da Juventude, ainda vejo muitos problemas com a falta de ações efetivas para esse público.
    Infelizmente também, não tivemos muitos resultados concretos da 1ª conferência, apesar das propostas...
    Esperamos então, que nessa atual conjuntura nós alavancarmos mais ainda esse debate e assim, conquistarmos mais direitos.
    Gostei da palavra de ordem... vou repetir:
    “Nossos direitos vem, nossos direitos vem! E se vem nossos direitos o Brasil ganha também!”.

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  2. Adorei Gustavo a reflexão e a divulgação.....quem sabe agente se encontra lá!!
    Bjus
    Isabela

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  3. Queridas Bilysketa e Isabela:

    Obrigado pelos comentários. Seria um sonho encontrar-nos na II Conferência. Porém, evidentemente, devemos fazer de tudo para que sejam os próprios jovens (eu não o sou mais) os que participem de maneira muito ativa nesse processo da II Conferência. E nós, é claro, podemos e devemos ajudá-los!

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