A ação de comunicar pode ser comparada com a de respirar (SANTOS, 2003. p. 9). A todo o momento as pessoas estão se comunicando, porém, nem sempre nos damos conta disso. Utilizamos a comunicação para apresentar ideias, sentimentos, persuadir, evangelizar, controlar, contar histórias. Ela está sempre presente na relação entre as pessoas.
Nos dias atuais vemos esta comunicação acontecer cada vez mais de forma diferente, de anos atrás. Deparamo-nos com mudanças constantes e rápidas de maneiras de interação e diálogo, principalmente no meio virtual. Com o advento da Internet a comunicação do ser humano mudou, na atualidade, tem mudado como nunca. São tantas formas, que é difícil de acompanhar o processo de atualização e conexão da comunicação virtual.
Podemos nos questionar de qual é a influência da mídia, da comunicação nas transformações sociais que acontecem em todos os cantos no mundo?
Os avanços tecnológicos fizeram com que a mídia avançasse de forma intensa e inovadora. Foi-se o tempo de que o único meio de informação diária era jornal, rádio ou televisão. Hoje recebemos a informação segundos após o acontecimento, seja por e-mail, em sites, ou de forma mais simples e instantânea, nas redes sociais.
Redes sociais que revolucionaram e ainda estão revolucionando a forma de fazer comunicação. Haja vista, a tendência empresarial de entrar neste ramo da comunicação virtual, tentando garantir o contato com seu público e atingir novos campos.
Podemos descrever que hoje estamos vivendo em uma “teia”, onde todos os meios de comunicação, antigos e novos, estão interligados. Teia esta que apresenta os inúmeros desafios da cultura midiática, com uma comunicação capaz de articular a sociedade e determinar culturas e comportamentos. Habitamos em uma comunidade global, conectada, plugada, seguindo e sendo seguida. Todos estão passíveis ao contato e imersos no mundo das redes, teias e espaços virtuais. (ALMEIDA, 2010. p. 109)
Diante do exposto, pode-se reafirmar a perspectiva apresentada no Documento 85 da CNBB, a respeito da cultura moderna e sua relação com a cultura pós-moderna:
“Nas últimas décadas, ao lado da cultura moderna vem-se fortalecendo a cultura pós-moderna. A pós-modernidade não é uma nova cultura que se contrapõe de modo frontal à modernidade. Constatam-se mudanças no cenário, grande velocidade e volume da informação, rapidez na mudança do cotidiano por parte da tecnologia, novos códigos e comportamentos. Devido à globalização e ao poder de comunicação dos meios eletrônicos, essas mudanças vêm penetrando fortemente no meio juvenil.” (CNBB. Evangelização da juventude, 2007. n. 12)
O meio juvenil, que hoje pode ser caracterizado por adolescentes e jovens, está cada vez mais inserido no contexto globalizado apresentado pela sociedade. Inserido nas tendências alienadoras de consumo desenfreado e desvalorizador dos valores humanos, éticos e morais. Quantos exemplos poderíamos relacionar e que fazem parte da grade de programação da televisão aberta, de sites e outros meios. São reality-shows dos mais variados tipos e programas que exaltam a violência e colocam o ser humano como objeto de consumo, desvalorizando-o como pessoa.
Joaquim Alberto Andrade Silva
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Referências:
ALMEIDA, João Carlos. Imagem & semelhança de Deus na mídia. São Paulo; Loyola, 2010. p. 115
CNBB. Evangelização da juventude: Desafios e perspectivas pastorais. Documentos da CNBB – 85. Brasília: Edições CNBB, 2007. n. 176.
SANTOS, Roberto Elísio dos. As teorias da comunicação: da fala à internet. São Paulo: Paulinas, 2003. p. 9
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